Saúde Financeira: um investimento para cada objetivo

Saúde Financeira: um investimento para cada objetivo

 

  Você, participante da PREVI, já possui um plano de previdência para o qual contribui mensalmente e, no caso do PREVI Futuro, pode fazer também contribuições esporádicas. Para este investimento, conta com PREVI para gerir da melhor forma os seus recursos. Mas para outros objetivos – como adquirir um imóvel, financiar os estudos dos filhos, fazer uma viagem para o exterior, comprar um carro -, precisa também fazer uma outra poupança.

Quando um indivíduo decide investir seu dinheiro e parte para o mercado financeiro, antes de qualquer coisa, precisa definir seus objetivos, traçar suas metas e, o mais importante, procurar conhecer as opções que tem e traçar o seu perfil de investidor.

Há sites, como o do Banco do Brasil, por exemplo, que oferecem um teste de "Análise de Perfil de Investidor", que se propõe identificar o seu perfil e auxiliá-lo na escolha de produtos compatíveis com seus objetivos e expectativas de investimento. Geralmente, as perguntas estão relacionadas aos seus conhecimentos de mercado financeiro, prazo de seus investimentos e sua reação às oscilações do mercado.

Diversificar é o melhor caminho?

É bastante comum ouvir o aconselhamento: "não coloque todos os ovos em uma única cesta". A estratégia da diversificação é recomendada por muitos especialistas que afirmam que, se um investimento não alcançar o resultado esperado, outra aplicação poderá render bons frutos para o indivíduo.

Edson Magalhães, gerente de negócios da Reserva Metais, afirma que diversificar a carteira de investimento pode reduzir o risco de decisões incorretas e, também, neutralizar performances indesejadas de algum segmento, para que tenham menos impacto no patrimônio do indivíduo. Mas ele alerta: o perfil do investidor irá definir em que tipo de investimento ele deve focar.

Idade, disposição para o risco, grau de conhecimento sobre o mercado financeiro e tempo para acompanhar o próprio investimento são variantes que, segundo o especialista, são fundamentais para um bom negócio.

Referências

Há também profissionais da área que dizem que nem todo mundo que ganha dinheiro investindo usa esse caminho. Aqueles que duvidam da diversificação da carteira possuem dois argumentos:

1) se o investidor não tiver clareza do que está fazendo pode ficar no zero a zero, pois ganha de um lado e perde do outro; 
2) as maiores fortunas foram realizadas focadas em um ou em pouquíssimos investimentos. Os defensores dessa linha citam Warren Buffet, megainvestidor norte-americano.

Magalhães até concorda que grandes riscos podem trazer grandes retornos, mas lembra de que o nível educacional dos brasileiros no que tange finanças ainda é muito baixo. Para ele, se espelhar em um sujeito como Buffet pode ser extremamente perigoso, visto que uma figura como o norte-americano possui décadas de conhecimento sobre o mercado financeiro e tem condições de liquidez rápida, por exemplo. "Para a grande maioria dos investidores, me parece muito perigoso adotar uma postura de centralização. Em geral, as pessoas não sabem o que estão fazendo, não entendem o perfil de cada investimento, não conhecem os estatutos e não sabem seus limites", afirma Magalhães.

O profissional comenta que já coordenou um clube de investimento concentrado. No primeiro ano, o grupo alcançou ótima rentabilidade. Nesse cenário, uma senhora que participava do clube resolveu fazer um saque afirmando que gostaria de retirar apenas o que era referente aos juros e ele ficou incomodado. "Estávamos focados em ações e esse tipo de aplicação não tem juros, tem rendimentos. O pedido dessa senhora me deixou preocupado, pois prova que ela sequer sabia os riscos que estava correndo e tampouco entendia como o seu dinheiro estava sendo investido", analisa Magalhães.

Conhecimento

Georges Catalão, gestor de investimentos da Lecca, é a favor da diversificação da carteira. Para ele é uma garantia maior para o patrimônio. "Os ativos podem ser relacionados ou não entre si e os movimentos podem provocar quedas ou subidas do investimento. Diversificar gera compensações e reduz as chances de perdas. Mas o fundamental é que ele tenha noção do que está fazendo", afirma Catação.

O especialista da Lecca reforça: "o investidor precisa saber quanto ele tem para investir, qual o objetivo daquele investimento e qual o horizonte. Conhecer o próprio perfil é importante para saber como diversificar".

Mais PREVI

Por acreditar que o conhecimento de finanças está intimamente ligado à questão previdenciária, a PREVI lançou, em 2010, o Programa Mais PREVI.

Todas as matérias publicadas às segundas-feiras na coluna Saúde Financeira, sobre planejamento financeiro, finanças para a família e para os filhos, aposentadoria e benefícios do seu plano estão reunidas no espaço do Programa, aqui no site. O espaço reúne informações em textos, áudios e vídeos sobre educação financeira e previdenciária e outros assuntos que podem te ajudar a se preparar para tomar decisões conscientes sobre seu futuro.

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09/07/2012
- PREVI
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