A Costa do Sauípe, complexo hoteleiro no litoral da Bahia controlado pela Previ , fundo de pensão do Banco do Brasil, vem acumulando prejuízos nos últimos três anos e neste ano, até setembro. Mas vai fechar 2013 como o primeiro ano em que pagará dividendos aos acionistas.,
O diretor-presidente da Sauípe S.A., Guilherme Martini, diz que a exposição garantida pela Fifa no último fim de semana, quando a entidade transmitiu para todo o mundo as imagens do sorteio das chaves da Copa 2014, vai ajudar a atrair o público corporativo, alvo da estratégia comercial na próxima temporada. "Nosso resultado líquido acumulado de janeiro a setembro de 2013 apresentou-se 66% maior que o alcançado no mesmo período de 2012. O cenário mantém-se positivo para o próximo ano", diz Martini.
A Sauípe registrou em 2010 prejuízo de R$ 17,9 milhões, depois, em 2011, de R$ 11,4 milhões, e de R$ 18,7 milhões, ano passado. Nos nove primeiros meses deste ano acumula resultado negativo de R$ 5,7 milhões.
Martini diz que os investimentos na próxima temporada vão superar os R$ 32 milhões gastos em 2013 para elevar a taxa de ocupação média anual, hoje em 53%, com foco no hóspede corporativo. "O trabalho desde 2009, tinha como objetivo primordial o aumento do número da ocupação que impactasse no resultado e gerasse um cenário positivo", disse ele, sobre a demanda que atingiu 250 mil turistas por ano. "Após consolidarmos a Costa do Sauípe como destino especial para hóspedes de lazer, nosso foco de 2014 em diante será intensificado junto ao público de eventos corporativos".
Em agosto, o complexo inaugurou a Arena Sauípe, onde foram investidos R$ 14 milhões. A arena recebeu seis eventos dos setores automobilístico, construção civil, esporte, telecomunicações, financeiro e educação, fora o da FIFA. Para 2014, mais sete eventos – dos setores farmacêutico, governamental, financeiro, médico e serviços – estão programados, com receita projetada de R$ 25,3 milhões.
Além das despesas da arena, o grupo investiu ainda R$ 18 milhões em melhorias no complexo, com obras de infraestrutura e modernização de equipamentos.
O complexo vai fechar 2013 com taxa de ocupação média anual de 53%, patamar acima da média nacional de 2012, de 50% de ocupação média de acordo com relatório "Hotelaria em Números Brasil 2013", expedido pela Jones Lang LaSalle.
Como há períodos em que a capacidade é tomada em 100%, como nas datas de Carnaval, Páscoa, Semana Santa, Natal e Réveillon, o grupo quer reforçar a operação fora da alta estação.
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