Novas coberturas obrigatórias dos planos de saúde

Novas coberturas obrigatórias dos planos de saúde

Os beneficiários dos planos de saúde vão ganhar mais alguns direitos. 
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve divulgar nos próximos dias o resultado da consulta pública para o novo rol de cobertura mínima a ser obedecido pelos convênios. Com participação recorde da sociedade neste ano— 7,3 mil pessoas contribuíram —, a lista de procedimentos, não deve trazer grandes mudanças do que foi sugerido pela agência em maio, mas o novo rol deve garantir, por exemplo, que medicamentos orais para tratamento do câncer sejam de cobertura obrigatória. 
Além disso, exames pré e pós transplante deverão ser considerados de emergência, o que vai permitir que a marcação e o prazo de carência sejam menores. No total, a ANS sugeriu que 80 novos procedimentos fossem incluídos e 30 itens fossem ampliados. O resultado final da consulta pública deve entrar em vigor em 1º de janeiro de 2014. 
Para a consultora da Proteste – Associação de Consumidores na área de planos de saúde, Polyanna Carlos Silva, a atualização do rol – que ocorre a cada dois anos – é um enorme ganho para o consumidor, à medida que permite que os beneficiários tenham cobertura condizente com os avanços tecnológicos na medicina. “Os medicamentos orais para câncer, por exemplo, já são um substituto eficiente para a quimioterapia tradicional”, explicou. 
Polyanna acredita ainda que o número recorde de participações na consulta pública é um reflexo da insatisfação dos usuários com o serviço oferecido. “As pessoas estão insatisfeitas porque sempre têm procedimentos negados pelos planos e viram na participação uma oportunidade de se expressarem em relação a isso”, completou. 
Por outro lado, as empresas do setor chamam a atenção para efeitos (dos novos procedimentos) “sobre o custo, com previsão do crescimento das despesas assistenciais das operadoras de saúde”, conforme nota da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que reúne 31 operadoras. Por isso, defendem que as alterações sejam feitas “sempre de forma criteriosa”. As inclusões do rol serão consideradas no momento de aplicar o reajuste anual de 2014. 
A consultora da Proteste discorda. “Os beneficiários já entram recorrentemente na Justiça para garantir a cobertura desses direitos. São itens recorrentes nos tribunais”, afirmou. Para a professora Libânia Paes, especialista em administração hospitalar da Fundação Getulio Vargas (FGV), as operadoras têm que começar a se programar para esse tipo de impacto em médio e longo prazo, já que as inclusões são feitas obrigatoriamente em prazo já definido. “O rol nunca vai diminuir, sempre vai aumentar. As empresas têm que começar a se preparar e analisar como vão sobreviver e se vão sobreviver”, afirmou. (Bárbara Nascimento – Portal Uai)

Idosos: Internação representa um terço dos gastos do SUS 
76% dos idosos fazem uso do sistema público brasileiro. Existem apenas cerca de 500 geriatras no Brasil. Segundo o secretario, Helvécio Magalhães, serão necessários muito mais, "mas não é só isso que vai resolver o problema” 
Apesar de a população idosa brasileira corresponder a 12,4% de todos os habitantes, os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com internações relativas à esta parcela da população chega a um terço do total, segundo o secretário de atenção à saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães Júnior. 
“A rapidez com que o Brasil precisa lidar com essa questão é muito relevante”, afirmou o especialista, que participou do Congresso Nacional de Hospitais Privados, realizado na quinta-feira (3/10) de outubro, em São Paulo. 
Magalhães Júnior acredita que o tratamento necessário à questão do idoso precisa passar uma ação transversal e não por um programa específico para esta população. “Optamos por não ter serviço específico para os idosos. Não queremos cravar um centro de especialidade para idosos”, disse o secretário. 
Ele acrescentou que o programa do governo federal “Melhor em Casa”, que tem previsão de atender 60 mil pacientes possui um grau de utilização da população idosa de 60%. “Hoje, são 2 mil pacientes por dia sendo atendidos pelo programa. Mas vamos aumentar o número de equipes para 1000 e cada uma será responsável por 60 pacientes em média”. 
No Brasil, 76% dos idosos fazem uso do sistema público de saúde. “Nós não vamos resolver a questão dos idosos somente com geriatras. Existem 400 ou 500 profissionais geriatras no Brasil. Nós vamos precisar de muito mais, mas não é só isso que vai resolver o problema”, opinou.  (Saúde Business Web)

 

08/10/2013
- Saúde Business Web
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