Estresse e fumo causam enfarte em pessoas cada vez mais jovens

Estresse e fumo causam enfarte em pessoas cada vez mais jovens

Deire Assis

O que antes era considerado raridade, hoje faz parte da rotina dos grandes hospitais que atendem emergências cardíacas. Embora muito menos suscetível a este tipo de mal, a população com menos de 40 anos tem sofrido cada vez mais enfartes agudos do miocárdio. Em Goiás, o número de internações de jovens por esta razão nos principais hospitais do Estado cresceu mais de 40% em cinco anos. Resguardado o peso exercido pelo componente genético nesses casos, os enfartes em jovens estão ligados, especialmente, ao tabagismo e a uma vida desregrada e estressante.

Pesquisas mostram que entre os 35 e os 39 anos, os fumantes têm em média cinco vezes mais chances de sofrer uma parada cardíaca que não-fumantes. Luciene Miguel Silva, de 39, compõe essa estatística. Fumante desde os 18, em dezembro do ano passado a autônoma tomou o maior susto da vida. Uma dor forte no peito e depois a surpresa do diagnóstico. “Nunca havia sentido nada”, conta Luciene ao admitir que mantinha um ritmo de vida nada saudável antes da internação.

Além dos 21 anos de tabagismo, Luciene era sedentária e adepta de uma alimentação regada a muita gordura, uma rotina que foi abandonada, garante ela. “Caminho religiosamente todos os dias durante pelo menos uma hora, faço opções por saladas e carnes brancas sem gordura e parei de fumar desde o dia do enfarte”, relata. Fez bem. Estudos demonstram que enfartados têm até três vezes mais chances de ter um novo episódio caso não abandonem o fumo.

Fonte: O popular 20/07/2008.

21/07/2008
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