Diversos assuntos: – Gestão em Saúde – Menos bebês – Saúde Física

Diversos assuntos: – Gestão em Saúde – Menos bebês – Saúde Física

 A gestão em saúde 

Vivemos o prenúncio da mudança do nosso perfil demográfico com o envelhecimento da população, fenômeno mundial entendido como mais um desafio para os gestores da saúde (seja pública ou privada) suplementar. Para termos uma ideia da magnitude desse desafio basta observar o levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que aponta uma maior participação de idosos nos planos de saúde do que o restante da população brasileira. Segundo a ANS, cerca de 11% de beneficiários dos planos de saúde são pessoas com mais de 60 anos, contra uma marca de 10% de idosos na população. Dados apurados pela Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) mostram que, de 2000 a 2009, a participação desse público em planos de saúde cresceu por volta de 46%, enquanto o total de beneficiários como um todo, teve aumento de 34%. 
Ainda de acordo com a ANS, quanto maior a proporção de idosos na carteira, maior a taxa de sinistralidade (despesas com assistência médica/receita com do plano de saúde – DA/R x 100) das operadoras. Operadoras com menos de 10% de idosos apresentaram sinistralidade média de 79,1%. Já as com mais de 50% de idosos apresentaram sinistralidade média de 90,9%. A análise também mostrou uma composição das despesas assistenciais que varia de acordo com a participação de idosos. Para operadoras com até 10% de idosos, os custos assistenciais alcançaram R$ 1.059,66 per capita. Já para operadoras com mais de 50% de idosos, as despesas assistenciais somaram R$ 2.565,19 per capita. As despesas assistenciais per capita são quase 2,5 maiores nas operadoras com maior proporção de beneficiários idosos. 
Atualmente, com a população brasileira ainda predominantemente jovem, a situação é favorável no aspecto da "dependência intergeracional", ou seja, o grupamento de menor faixa etária, ou população economicamente ativa, "contribui" financeiramente para o grupamento de maior faixa etária, ou os mais jovens pagam um pouco mais caro e terminam por diminuir o custo para os mais velhos. Com a mudança do perfil demográfico e epidemiológico que ora se avizinha, este bônus demográfico findará e transtornos ocorrerão. Esta é uma situação preocupante e que necessita de novos planejamentos e de novos modelos de atenção integral e de fontes de custeio à saúde. 
desta mudança de perfil demográfico da população brasileira e dos avanços da medicina, advém a mudança do perfil epidemiológico, com o predomínio das enfermidades crônicas e degenerativas. Ou seja, as pessoas viverão mais e com alta prevalência de enfermidades que até alguns anos atrás eram pouco frequentes. Esta mistura é explosiva, e cedo ou tarde o Brasil terá de encarar o desafio, em vez de atuar apenas na micropolítica do dia a dia.  (Sizenando da Silva Campos Jr – O Popular/Abramge)

Menos bebês, mais idosos 

Especialistas apontam o envelhecimento da população do DF, segundo análise do IDHM. De um lado, os brasilienses ganharam em longevidade. De outro, as famílias na capital encolheram nos últimos 20 anos 
Vive-se mais em Brasília que a média brasileira. E as famílias da capital, nos últimos 20 anos, têm escolhido ter menos filhos. Mas os dados do Atlas do Desenvolvimento Humano 2013 não podem ser comemorados sem qualquer ressalva. Elevar a idade dos brasilienses, por exemplo, não significa, necessariamente, que os anos a mais de vida serão bem aproveitados. Tanto as desigualdades internas do Distrito Federal quanto questões gerais, como saúde e opções de lazer, devem ser levados em conta. Ao mesmo tempo em que cada pessoa tem possibilidade de viver mais, a taxa de fecundidade está em queda. A mulher brasiliense, que antes tinha mais de dois filhos, hoje têm, em média, 1,8. 
Nos três anos de análise do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) — 1991, 2000 e 2010 —, a expectativa de vida do brasiliense era cerca de quatro anos mais alta que a do resto do país. O número médio de anos dos brasileiros em 1991 ficava em 64,7, passando a 73,94 no último levantamento. No DF, os moradores viviam durante 68,87 anos no início da década de 1990. Passados 20 anos, a idade média subiu para 73,86 anos. 
O casal de aposentados Nilza Ribeiro, 70 anos, e Josino Montenegro, 87, acredita que a receita para viver mais é ter uma alimentação saudável e passear. “Viajamos, pelo menos, duas vezes ao ano. O segredo é não se preocupar com nada”, diz Josino. “Ter horário para se alimentar e praticar exercícios também influenciam na qualidade de vida das pessoas. Outra coisa importante é brincar com os netos, e não ter obrigação de cuidar (deles)”, afirma dona Nilza. Ainda assim, o casal reclama da assistência precária à saúde e a falta de áreas de lazer para os idosos. 
Nem sempre quem vive mais consegue qualidade de vida e felicidade. A visão é da coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa da Terceira Idade (Nepti) da Universidade de Brasília (UnB), Andrea Mathes Faustino. “Às vezes, o idoso vive mais, mas está acamado, em casa, não tem lazer. Tudo isso o afeta e pode gerar depressão”, afirma a professora. Ela lembra ainda que, em cidades de baixa renda, a situação se agrava porque o idoso sustenta a família com a aposentadoria e cuida dos netos. 
De acordo com a especialista em demografia da UnB Ana Maria Nogales, os dados do DF correspondem a um movimento acelerado de envelhecimento da sociedade.“É uma transformação significativa no perfil da população e na economia brasilienses. Seremos, em 20 anos, um povo envelhecido em uma cidade nova”. 
O doutor em gerontologia da Universidade Católica de Brasília (UCB) Vicente Paulo Alves prevê que, nos próximos anos, essa taxa de expectativa de vida continuará a aumentar devido à mudança no estilo de vida do brasiliense. “Aquele estereótipo de vovó em casa costurando e o vovô assistindo à tevê mudou. Eles estão nas ruas praticando exercícios e se divertindo. Isso contribui significativamente para a longevidade.” 
Para o secretário do Idoso, Ricardo Quirino, com o aumento da população idosa, as queixas aparecem. “Recebo um volume grande de reclamações sobre o tratamento nos ônibus, mas estamos fazendo conscientização”, garantiu. Quirino ainda cita os Pontos de Encontro Comunitário como uma das iniciativas da pasta para o bem-estar do idoso. 
Para saber mais 
Saúde, renda e educação 
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é a perspectiva sobre o desenvolvimento humano. Não significa uma representação da “felicidade” das pessoas, nem indica “o melhor lugar no mundo para se viver”. A pesquisa leva em conta os dados de 5.565 municípios brasileiros e mais de 180 indicadores de população, com informações dos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 1991, 2000 e 2010. Atualmente, os três pilares que constituem o IDH são saúde, educação e renda, e eles são mensurados pela longevidade da população, o acesso ao conhecimento e o padrão de vida (renda) que é medido pela renda nacional bruta (RNB) per capita. O item longevidade reflete as condições de saúde e de salubridade na cidade, já que o cálculo da expectativa de vida é fortemente influenciado pelo número de mortes precoces. (Correio Braziliense)

 

Saúde Física + Saúde Financeira = Qualidade de Vida 


O comprometimento da renda dos aposentados para pagar um plano de saúde é um fato relevante do momento atual e preocupante em relação ao futuro destes para ter condições de se manter num plano (o benefício futuro da sua aposentadoria sofrerá um agravo significativo para o pagamento de seu plano de saúde). Vários órgãos, entidades associativas e empresas têm atuado e reforçado a importância de uma solução para esta situação. 
Na tarde véspera dos Congressos da Abramge vamos promover a exposição das várias visões sobre a busca das melhores condições de qualidade de vida dos trabalhadores, idosos e aposentados usuários de planos de saúde. 
Convidamos sua empresa para estar conosco no próximo dia 21, das 14h00 às 17h30, no auditório do Instituto Metrus, em São Paulo, para falar sobre a urgência em “fazer acontecer” uma solução que irá cobrir uma lacuna do mercado, criar alternativa para que trabalhadores, idosos e futuros aposentados tenham condições de suportar a necessidade de recursos para ter um plano de saúde após sua vida laboral. 
A reunião tem como convidados representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC e a Secretaria de Políticas de Previdência Complementar – SPPC. É um momento oportuno para interagir e debater a temática que busca conciliar as ações de promoção, prevenção e atenção à saúde – A ANS vai tratar desta questão (saúde física) com a uma alternativa de construção de poupança (PrevSaúde – PREVIC e SPPC tratarão deste aspecto)para sustento futuro de um plano para os trabalhadores, idosos e aposentados (saúde financeira). 
Será uma reunião que promoverá um atual e interessante debate sobre o assunto. Taxa de adesão de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais). Mais informações e inscrições pelo e-mail [email protected]  (AssPreviSite)

06/08/2013
- Correio Braziliense - O Popular
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