Pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveu estudo para conhecer os parâmetros da composição corporal que determinam a qualidade de vida na terceira idade. Danielli Braga de Mello afirma que apesar de raramente um idoso exceder o peso na velhice, as pessoas obesas permanecem com o problema durante o processo de envelhecimento. No entanto, ela informa que o início da terceira idade é caracterizado por elevação relativa do peso.
Durante o estudo, Danielli aplicou questionário da Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliar a qualidade de vida de idosos. Ela também observou estatura, peso, medidas de circunferência, dobras cutâneas, índice de massa corporal (IMC), razão cintura quadril (RCQ) e nível de atividade física. Foram acompanhados 144 idosos fisicamente ativos, dois quais 46% apresentaram obesidade. Mais da metade tinha índices elevados de IMC e circunferência da cintura (CC). "Os resultados mostram uma situação preocupante nessa população, sendo necessário adotar medidas de controle e prevenção do sobrepeso", diz.
A pesquisadora observou associação significativa entre o IMC, a CC, a RCQ, o nível de atividade física e o bem-estar. "Indivíduos com menores valores de RCQ apresentam simultaneamente melhores níveis de atividade e melhor qualidade de vida", exemplifica. Com base nos resultados, a especialista defende maior compreensão sobre a necessidade de envelhecer com qualidade de vida através da manutenção da prática regular de atividade física.