Reserva de ações do BB começa dia 21/6, para quem já era minoritário até maio

Reserva de ações do BB começa dia 21/6, para quem já era minoritário até maio

Reserva de ações do BB começa dia 21/6, para quem já era minoritário até maio

 

Apenas quem tinha ações do Banco do Brasil (BB) até o dia 24 de maio passado poderá participar da oferta primária (emissão de novos papéis) que está sendo preparada pela instituição. Essa é uma das principais regras divulgadas na segunda-feira (14/06) pela estatal e para o processo de capitalização do banco, que deve levantar cerca de R$ 7,4 bilhões para fortalecer sua capacidade de empréstimo e aumentar o fôlego para aquisições. O período de reserva das ações vai de 21 a 23 de junho.
 

O BB também concluiu os termos da sua oferta secundária de ações, que acontecerá com a primária e em que pretende vender cerca de 4% do capital da instituição para atingir o free float (ações negociadas no mercado) de 25% do total. Este é o patamar mínimo para ser incluído no Novo Mercado da Bovespa, lista de empresas reconhecidas por suas práticas de transparência na gestão e proteção ao minoritário.
Hoje, o BB possui apenas 21,9% de seu capital nas mãos de pequenos acionistas.
 

Os preços das ações das duas ofertas serão definidos num processo conhecido como bookbuilding, com base nas ofertas feitas por investidores institucionais. A data de liquidação de ambas é 6 de julho. A oferta primária servirá para colocar no mercado 286 milhões de novas ações, de emissões do próprio banco e que representam um crescimento de 11,13% do capital total da instituição hoje. Os recursos vão para o caixa do BB.

Haverá direito de preferência para os acionistas: quem possuía papéis da estatal no dia 24 de maio poderá acompanhar a oferta primária. Isso serve para que esses investidores não tenham sua participação no banco diluída.
Já no dia 18 de junho será estabelecido o percentual que cada investidor possui no banco e, portanto, quanto poderá comprar de novas ações. Caso o acionista presente na primeira data de corte (24 de maio) aumente ou diminua sua fatia no BB até a segunda data (18 de junho), a sua proporcionalidade seguirá o mesmo caminho.
 

Parte da oferta secundária deve ficar com funcionários Caso um novo investidor tenha comprado ações do BB depois de 24 de maio, mesmo antes do dia 18 de junho, estará excluído da oferta. Hoje, o BB possui três grandes acionistas, que formam o bloco de controle. A Previ – fundo de pensão dos funcionários do banco – já anunciou que acompanhará a oferta primária de ações, para manter sua fatia de 10,37% no banco. A BNDESPar, que possui 2,4% do capital total, informou que não vai entrar na oferta primária.
 

Portanto, terá sua participação na estatal reduzida. A União, que tem 65,3%, deve acompanhar também a oferta primária para não ver sua participação no banco cair. Caso haja "sobras" nesta oferta de novas ações – ou seja, se nem todos os acionistas atuais do banco acompanharem a operação -, esses papéis serão colocados à venda na oferta secundária de ações, a terceira feita pelo BB.
 

A União e a BNDESPar serão os controladores a se desfazerem de papéis, 2% cada. Serão 70 milhões de ações vendidas e os recursos levantados (aproximadamente R$ 1,2 bilhão) vão para o caixa dos acionistas. Para a oferta secundária, o banco também deverá estabelecer algumas preferências. Por exemplo, reservar uma parte da oferta para os funcionários do banco e outra para investidores estrangeiros. Normalmente, esses ficam com 30% a 35% do total colocado à venda.

 

 
18/06/2010
- O Globo
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