Novo acordo de acionistas deve unificar ações da Vale

Novo acordo de acionistas deve unificar ações da Vale

 O novo acordo de acionistas da Vale, que está em negociação, deve ter a duração de até seis anos, bem menor que o prazo de 20 anos do acordo atual, que está em vigor desde a privatização da empresa e expira em abril. O Valor apurou que está também em discussão a migração das atuais ações preferenciais e ordinárias para um único tipo, as ordinárias com direito a voto.

 

As discussões sobre o acordo estão na reta final e os atuais acionistas que detêm o controle – os fundos de pensão Previ, Funcef, Petros e Funcesp, a Bradespar, o BNDES e a Mitsui – avançam para renová-lo em moldes semelhantes ao atual.

 

Pessoas a par das negociações disseram que o prazo mais curto e a unificação das ações são o cenário mais provável. O acordo deve refletir a busca por aperfeiçoamentos na governança da Vale e uma consultoria especializada no tema já foi contratada. A renovação do acordo é discutida em caráter de confidencialidade pelos principais acionistas.

 

A discussão sobre unificação de ações marca uma mudança relevante entre os acionistas da Vale, que, até poucos anos atrás, não admitiam falar sobre o assunto com receio de perda do controle acionário. Se a unificação evoluir, a Vale estará caminhando para se tornar uma companhia com controle pulverizado, em que os atuais acionistas seriam diluídos. "A Vale pode estar avançando para seguir um modelo semelhante ao da Embraer e da BRF", comparou um executivo.

 

No curto prazo, além do novo acordo de acionistas, a Vale terá que definir outro tema importante: o futuro do presidente da empresa, Murilo Ferreira, cujo mandato termina em 23 de maio. No ano passado, o executivo foi alvo de pressão de integrantes do governo federal e de políticos do PMDB de Minas Gerais que pediram a troca do comando da mineradora depois do desastre ambiental provocado pela Samarco, em Mariana (MG

19/01/2017
- PREVI
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