A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL – ANABB, representando aproximadamente 90 mil associados entre funcionários da ativa e aposentados do Banco do Brasil, vem manifestar publicamente sua preocupação com as graves consequências das ações do Governo Federal e do Banco do Brasil na ruptura de direitos conquistados pelo funcionalismo ao longo do tempo.
É de notório saber que, com a proximidades das eleições, o Governo articula para manter o apoio de determinados grupos, mas, na contrapartida, extingue benefícios trabalhistas. O Banco do Brasil vem sofrendo constantes ameaças de privatização, redução de investimentos, fechamento de agências, reestruturações no quadro de funcionários, o que gera medo sobre qual será o futuro do banco público mais antigo do Brasil.
Para completar o cenário de tensão, o Governo publicou, no início de 2018, a Resolução da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) nº 23/2018, que traz uma série de prejuízos aos funcionários das estatais. A norma dificulta o acesso aos serviços de assistência à saúde para os usuários dos planos de autogestão, como é o caso da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), e impõe onerosidade excessiva para que os trabalhadores continuem mantendo esse direito duramente conquistado.
Para a Cassi, o cenário torna-se ainda mais grave em razão das dificuldades financeiras enfrentadas. A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil passa por um momento delicado, pois, assim como os demais planos de saúde, sofre com o aumento das despesas assistenciais, provocadas pela inflação dos serviços médicos, que tem sido muito mais elevada que a medida pelos indicadores oficiais.
A ANABB, ao lado das demais entidades representativas dos funcionários do Banco do Brasil, se empenha para encontrar alternativas para salvar a Cassi. Entendendo que os funcionários do BB, da ativa e aposentados, vivem dias de agonia, e cientes de que o patrocinador detém enorme responsabilidade junto a essa população, a ANABB encaminhou uma série de ações para superação dos riscos iminentes, e que paralelamente possa dar o fôlego ao pleno funcionamento da Cassi.
Ao contrário do que se esperava, a direção do Banco do Brasil não aceitou a proposta apresentada e está disseminando o medo entre os funcionários, caso eles não aceitem a proposta que o Banco apresentou unilateralmente. A atitude vai contra o posicionamento insistentemente divulgado pelo Banco sobre a importância da participação de todos nas discussões sobre a Cassi.
Neste cenário complexo da conjuntura nacional, norteado pela retirada de direitos, a ANABB conclama todos os funcionários do BB, ativos e aposentados, sobre a necessidade da unidade dos trabalhadores para manutenção dos direitos conquistados. O momento exige grande mobilização, diante do retrocesso pelo qual estamos prestes a viver.
A ANABB assume o compromisso de buscar a unidade na ação para defesa das autogestões, pois precisamos avançar nos debates que colocam em risco a assistência dos participantes.
A Cassi é tão importante para os associados quanto o é também para o Banco do Brasil, e interessa a todos uma solução duradoura, colocando, assim, um fim à angústia vivida por funcionários da ativa, aposentados, pensionistas, dependentes e demais familiares.