Inflação em queda e bolsa com forte alta fizeram a felicidade dos fundos de pensão após um grande susto no fim do ano passado. A rentabilidade média acumulada até junho deste ano de 270 fundações, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), foi de 9,9%, 80% acima da média atuarial de 5,44% (INPC + 6%) no período. Mas agora o desafio é outro: com taxa de juros em queda e o mercado de ações mais calmo, os fundos têm que diversificar os investimentos.
No mercado de ações, as fundações começam a mudar o seu perfil. Historicamente elas investem mais em bancos, mineração e petrolíferas. Estudo da NetQuant mostra que, no segundo trimestre deste ano, de todo o capital dos fundos de previdência fechados e abertos investidos em bolsa, 24,7% estava no setor de petróleo, 21,76%, em bancos e 14,39%, em mineração. “São as ações de maior liquidez do mercado, mas que, no entanto, provocam maior volatilidade ao patrimônio das fundações”, explica Fábio Ohara, da Rio Bravo. Como as empresas têm que marcar seu patrimônio em ações a mercado, ele fica muito exposto às oscilações. Por isso, agora começam a procurar papéis de empresas médias. A Previma, sociedade de previdência privada das instituições de mercado, usa a aplicação para fugir da volatilidade e também tentar conseguir ganhos maiores. “Estamos procurando papéis de empresas com boa governança e boa transparência e que estejam sendo consideradas baratas no mercado, não importa o tamanho”, explica Antonio Jorge da Cruz, diretor superintendente da Previma e conselheiro da Abrapp.
Hoje, os fundos de pensão têm 30% do seu patrimônio investido
Já a fundação Real Grandeza, fundo de pensão dos funcionários de Furnas e da Eletronuclear, trilhou um caminho completamente diferente. Segundo seu diretor-presidente, Sérgio Wilson Fontes, desde 2005 que a fundação vem se preparando para enfrentar este cenário. Naquela época, a Real Grandeza começou a adquirir títulos do governo de longo prazo, que pagavam cupom de entre 9,5% e 10%. O objetivo era casar os dois planos de benefício definido com a rentabilidade dos fundos. “Além disso, quando a taxa de juros caiu, o valor de face subiu e aumentou nosso patrimônio”, diz Fontes. Como agora os títulos são para
Inflação em queda e bolsa com forte alta fizeram a felicidade dos fundos de pensão após um grande susto no fim do ano passado. A rentabilidade média acumulada até junho deste ano de 270 fundações, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), foi de 9,9%, 80% acima da média atuarial de 5,44% (INPC + 6%) no período. Mas agora o desafio é outro: com taxa de juros em queda e o mercado de ações mais calmo, os fundos têm que diversificar os investimentos.
No mercado de ações, as fundações começam a mudar o seu perfil. Historicamente elas investem mais em bancos, mineração e petrolíferas. Estudo da NetQuant mostra que, no segundo trimestre deste ano, de todo o capital dos fundos de previdência fechados e abertos investidos em bolsa, 24,7% estava no setor de petróleo, 21,76%, em bancos e 14,39%, em mineração. “São as ações de maior liquidez do mercado, mas que, no entanto, provocam maior volatilidade ao patrimônio das fundações”, explica Fábio Ohara, da Rio Bravo. Como as empresas têm que marcar seu patrimônio em ações a mercado, ele fica muito exposto às oscilações. Por isso, agora começam a procurar papéis de empresas médias. A Previma, sociedade de previdência privada das instituições de mercado, usa a aplicação para fugir da volatilidade e também tentar conseguir ganhos maiores. “Estamos procurando papéis de empresas com boa governança e boa transparência e que estejam sendo consideradas baratas no mercado, não importa o tamanho”, explica Antonio Jorge da Cruz, diretor superintendente da Previma e conselheiro da Abrapp.
Hoje, os fundos de pensão têm 30% do seu patrimônio investido
Já a fundação Real Grandeza, fundo de pensão dos funcionários de Furnas e da Eletronuclear, trilhou um caminho completamente diferente. Segundo seu diretor-presidente, Sérgio Wilson Fontes, desde 2005 que a fundação vem se preparando para enfrentar este cenário. Naquela época, a Real Grandeza começou a adquirir títulos do governo de longo prazo, que pagavam cupom de entre 9,5% e 10%. O objetivo era casar os dois planos de benefício definido com a rentabilidade dos fundos. “Além disso, quando a taxa de juros caiu, o valor de face subiu e aumentou nosso patrimônio”, diz Fontes. Como agora os títulos são para