Febraban orienta brasilienses sobre medidas para evitar juros

Febraban orienta brasilienses sobre medidas para evitar juros

O brasiliense, de uma forma geral, desconhece a melhor forma para pagar juros menores no momento de contratar um empréstimo e, muitas vezes, endivida-se desnecessariamente. A constatação é de consultores da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Serasa, que promoveram hoje (9) a Caravana Meu Bolso em Dia – uma feira sobre educação financeira, na capital do país.

Segundo os consultores, a maioria das cerca de 300 pessoas que passaram pelas tendas montadas no Parque da Cidade, na primeira hora de atendimento, buscou informações sobre contratações de créditos, seja para pagar dívidas, comprar imóveis ou automóveis. Raphael Brasileiro de Oliveira, um dos consultores da Febraban, disse que o desconhecimento é o primeiro passo para que o cidadão entre em “ciladas”, como negociar com empresas que prometem crédito fácil e cobram juros muito elevados. “O conselho que a gente dá aos nosso clientes é se informar. Essa dificuldade de lidar com crédito constatamos no dia a dia, no atendimento”, destacou.

Evitar o endividamento com o cartão de crédito, comprometer o máximo de 40% da renda familiar ou pessoal com pagamentos de compras parceladas, só comprar um veículo quando as prestações couberem no orçamento, e, antes da aquisição de um financiamento da casa própria, analisar a diversidade de créditos oferecidos pelas instituições financeiras são alguns dos conselhos dos especialistas.

Raphael de Oliveira destacou que, no caso do cartão de crédito, o proprietário precisa ter a consciência de que as dívidas feitas serão pagas em sua totalidade, em algum momento. Com isso, deve-se evitar o pagamento do valor mínimo para não arcar com juros altos que inviabilizam, geralmente, a quitação da dívida.

Exemplo disso ocorreu com Nara Rúbia de Paiva, auxiliar administrativa de 35 anos, que ultrapassou o limite do cartão de crédito e atualmente tem uma dívida maior que a sua renda. Com salário de R$ 1,5 mil, os juros e multas acumuladas somam hoje R$ 2,2 mil. “Eu queria saber deles [consultores] como pagar minha dívida que tem juros de 16,9% ao mês. Essa foi a primeira vez que estourei o limite do cartão desde 2001”. No caso dela, o conselho foi procurar um banco e contratar um crédito pessoal que, segundo ela, tem juros de 6,9% ao mês.

Maria dos Passos, funcionária de uma empresa privada e com salário mensal de R$ 615 buscou nas tendas da Febraban conselho sobre como acelerar a construção de sua primeira casa própria. Segundo elas, as constas estão em dia e quanto à poupança para construção de sua casa o própria o procedimento é simples: parte da renda familiar é utilizada, todo mês, na compra de material de construção. Com isso, ela e sua família evitam a contratação de dívidas de longo prazo.

O casal Rita Luiz Carneiro Andrade, 55 anos, e Vanderley Andrade, 62 anos, deram “um tempinho” na caminhada diária que fazem no Parque da Cidade para saber como estão suas contas. Na tenda da Serasa, consultaram se estavam ou não como "o nome sujo”. Para alívio, até o momento, nada de dívidas não quitadas. “Qual é o brasileiro que não tem problemas financeiros?”, brincou Rita. (09/10)

 

 

10/10/2011
- Jornal do Brasil
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