Para marcar a data, o Sindicato dos Bancários de Brasília preparou uma reportagem especial reunindo depoimentos de participantes e uma entrevista com a diretora eleita de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Mirian Fochi (foto), falando um pouco da história da Cassi, sobre as conquistas da entidade, as mudanças em curso promovidas pela pasta e as expectativas da sua gestão para o futuro.
Uma história de vida
O bancário Joanilson de Moura é uma des sas pessoas que precisaram de um atendimento especial da Cassi. Em 2012, ele passou por um grande susto quando a esposa, Paula Jane, que também é funcionária do BB, descobriu, ainda durante a gravidez, que o filho tinha uma doença rara chamada mielomeningocele – um defeito congênito que afeta a espinha dorsal.
O bebê corria sérios riscos de saúde decorrentes do problema, tais como hidrocefalia (cabeça com excesso de líquido), dificuldades para andar e desempenho cognitivo comprometido.
Era preciso uma intervenção cirúrgica. O procedimento foi realizado no hospital Santa Joana, em São Paulo, no quinto mês de gravidez. Os médicos fecharam a abertura que havia na coluna vertebral do bebê, o que impediu o acúmulo de líquido na região cerebral, e a gestação seguiu normalmente, apenas com as internações de praxe para acompanhamento.
No dia 20 de junho nasceu o Luiz Henrique, sem nenhuma sequela. O nome da criança foi escolhido antes de o casal descobrir a doença, mas caiu como uma luva pela história do bebê. Luiz significa combatente, lutador e glorioso.
"A atuação em tempo hábil da Cassi foi decisiva para que pudéssemos fazer a cirurgia com tranquilida de. Nosso filho vai fazer um ano em 2013 e está ótimo. Continuamos com acompanhamento e exames de rotina, mas ele é muito saudável. É uma criança normal", comemora o bancário.
Experiência mostra importância da Cassi
O aposentado Édio Custódio, 87 anos, entrou no Banco do Brasil na década de 60 e participa da Cassi desde então. Viveu muitas fases importantes de crescimento e aprimoramento dos serviços da Cassi e destaca que o plano sempre atendeu as necessidades de atendimento à saúde da família.
"A Cassi tem muitos pontos positivos. Eu e minha família semp re utilizamos o plano e avalio como ótima a atuação dela dentro das nossas necessidades. Minha esposa toma remédio controlado com os custos cobertos pela Cassi. É uma tranquilidade usufruir desses serviços", garante.
Muitos projetos em andamento
Segundo Mirian Fochi, diretora eleita de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, a história da Cassi é marcada por importantes conquistas para o conjunto do funcionalismo e são muitos os projetos em andamento na sua pasta para avançar ainda mais.
"No nosso entendimento, essas mudanças possibilitarão um melhor r elacionamento com associados e prestadores de serviço, além de maior eficiência na gestão", resume a diretora.
Entrevista com Mirian Fochi
Qual a importância da criação da Cassi para os bancários?
Mirian – A Cassi é uma das maiores conquistas do funcionalismo do Banco do Brasil. É hoje a maior autogestão do país, com quase 700 mil vidas assistidas diretamente e outras 135 mil por meio de convênios de reciprocidade. Conta com cerca de 40 mil prestadores distribuídos em todo o território nacional.
Sua atuação é modelo assistencial e referência para todo o país. A gestão própria garante maior cobertura a um custo menor tanto para os funcionários quanto para o Banco do Brasil. Não por acaso, mais de 70% do funcionalismo do BB atribuem à Cassi o grande motivador para continuar no banco.
O cuidado com a saúde é um dos principais requisitos para as pessoas terem uma boa qualidade de vida e, nesse sentido, a Cassi tem um papel fundamental junto ao funcionalismo, em todos os seus ciclos de vida. A proposta assistencial, diferente da maioria dos planos existentes no mercado, contempla não só as ações curativas, mas principalmente a promoção da saúde e a prevenção de doenças.
Que conquistas ao longo desses anos podem ser destacadas?
Mirian – Foram muitas as conquistas ao longo da existência da Cassi. A conquista, em 1980, que deu às funcionárias o direito de inscrever seus maridos ou companheiros como beneficiários do Plano de Associados; a implementação da gestão compartilhada com indicados e eleitos na Diretoria, no Conselho Deliberativo e no Conselho Fiscal a partir de 1996; a criação, em 1997, do plano Cassi Família, das CliniCassi; a criação dos Conselhos de Usuários em 1999; a política de assistência farmacêutica e o lançamento de inúmeros programas de saúde. Também fomos o primeiro plano de saúde a reconhecer os homoafetivos como dependentes.
Creio que uma das principais implementações foi a Estratégia Saúde da Família, em 2003. Com isso, a Cassi assumiu a missão de "prestar assistência integral à saúde do participante com ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação, para a melhoria da qualidade de vida". A partir daí, a entidade se propôs a reorganizar seu sistema de saúde, focando na atenção primária e na coordenação dos cuidados dos participantes pelos seus Serviços Próprios.
Também houve importantes avanços nos processos internos e nos mecanismos de controle da Cassi.
Quais as expectativas da atual gestão para avanços na Cassi? O que os participantes podem esperar?
Mirian – O mercado de saúde mudou muito e de forma muito rápida nos últimos anos e isso requer uma atuação mais estratégica e dinâmica. Para isso, estamos transformando dados em informações e vamos nos antecipar em medidas que possam minimizar os efeitos de problemas que podem ser previstos.
Dentro desta concepção, estamos trabalhando no desenvolvimento de iniciativas estratégicas que, quando totalmente implementadas, trarão resultados importantes para a Cassi:
1) Gestão Integrada de Informações – visa a disponibilização para gestores da Cassi de sistema de informações e estudos estatísticos e atuariais integrados aos segmentos de negócio que propiciará maior vantagem competitiva para a Cassi.
2) Prospecção de Mercado e Desenvolvimento de Novos Produtos – visa prospectar o mercado a fim de definir estratégia de negócios e desenvolver novos produtos economicamente equilibrados, adequados às potencialidades da Cassi e às necessidades dos usuários.
3) Gestão da Rede de Prestadores – visa estabelecer novos modelos de remuneração em conformidade com o proposto pela Agência Nacional de Saúde; reorganizar a rede de prestadores adequando-a às necessidades da população; implementar ferramenta de busca de prestadores e desenvolver mecanismos de atualização do cadastro de credenciados.
4) Gestão da Cob ertura e dos Critérios de Autorização – visa criar mecanismos mais modernos de avaliação de novas tecnologias (ampliação da cobertura) e ferramentas de autorização de procedimentos que propiciem maior eficiência no controle e, ao mesmo tempo, que sejam menos burocráticas para os participantes.
5) Excelência no Relacionamento com Participantes e Prestadores – visa a melhoria na agilidade e resolutividade dos canais de atendimento, criação de assessoria personalizada ao participante para casos complexos, redução de custos cria dos por falhas no atendimento e aumento da satisfação dos participantes e prestadores de serviço.
Outra frente é a instalação de uma equipe multisetorial que já está atuando no levantamento e combate a fraudes e não conformidades, visando pagar apenas o efetivamente utilizado e por um preço justo.
No nosso entendimento, essas mudanças possibilitarão um melhor relacionamento com associados e prestadores de serviço, além de maior eficiência na gestão.
Algo mais?
Mirian – Gostaria de destacar o alto nível de compromisso e dedicação dos funcionários da Cassi. O empenho e a motivação com que estão cuidando da demanda diária e, ao mesmo tempo, desenvolvendo e conduzindo as iniciativas estratégicas que transformarão a nossa Cassi. É um grande privilégio fazer parte dessa equipe.