Bovespa recupera os 57 mil pontos com melhora externa

Bovespa recupera os 57 mil pontos com melhora externa

 A melhora do humor no cenário internacional, com a valorização do petróleo acima do nível de US$ 40 o barril em resposta a dado que mostrou queda dos estoques de gasolina nos Estados Unidos, foi determinante para os negócios ontem no Brasil. Na Bovespa, as ações da Petrobrás acompanharam a commodity, fechando com ganhos expressivos – 4,01% na ação ON e 4,75% na PN. Ainda entre as blue chips, Vale subiu refletindo o anúncio de uma captação da ordem de US$ 1 bilhão via emissão de bônus (4,61% ON e 5,53% PNA). O setor bancário, por sua vez, passou por uma recuperação inspirada no avanço dos papéis de Itaú Unibanco no dia anterior, em meio ao apetite ao risco dos investidores estrangeiros. Assim, o Ibovespa fechou em alta de 1,63%, aos 57.076,91 pontos, depois de começar o dia no negativo. Com isso, quase anulou as perdas de 2% contabilizadas nas duas sessões anteriores. O sinal positivo da Bovespa no fim do dia ficou alinhado ao das bolsas de Nova York. 

 

O índice S&P 500 avançou 0,31%, aos 2.163,79 pontos; o Nasdaq subiu 0,43%, a 5.159,74 pontos; e o Dow Jones ganhou 0,23%, aos 18.355,00 pontos, encerrando uma sequência de sete quedas. No mercado de câmbio, após uma manhã de instabilidade, o dólar à vista firmou-se em baixa, contrariando a valorização da moeda norte-americana no exterior. Esse ajuste foi atribuído à alta do petróleo e à entrada de recursos externos no País. Secundariamente, discursos do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que vem tentando diminuir a desconfiança dos investidores em relação ao ajuste fiscal, contribuíram para a queda do dólar. Entre outras afirmações, ele negou que o governo tenha cedido na negociação do projeto das dívidas estaduais. 

 

O dólar negociado no mercado à vista fechou cotado a R$ 3,2384, na mínima do dia, em baixa de 0,65%. Foi a menor cotação desde 1º de julho (R$ 3,2307). No mercado futuro, a moeda para liquidação em 1º de setembro – a mais líquida – recuou 0,64%, aos R$ 3,2685. Os juros futuros acompanharam o movimento do dólar, reduzindo o avanço no fim da sessão, mas conservaram o viés de alta no fechamento. A pressão para cima se deve à frustração dos investidores, segundo profissionais, com o andamento do processo de ajuste fiscal em meio a sinais de enfraquecimento dos ministérios da Fazenda e do Planejamento no embate com parlamentares. 

 

Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 indicou 12,83%, na mínima do dia, de 12,82% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 também fechou na mínima, a 12,08%, ante 12,05%.

05/08/2016
- O ESTADO DE S. PAULO - SP
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