Um gerente do Banco do Brasil, sequestrado após deixar o trabalho na agência de Itabuna (sudoeste da Bahia), vai receber R$ 500 mil de indenização por danos morais. A condenação foi mantida nesta quarta-feira pela 4ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que rejeitou o recurso da empresa. A instituição terá que pagar ainda o salário que ele receberia se estivesse trabalhando.

Em janeiro de 2000, o gerente foi rendido e mantido em cárcere privado, junto com a irmã e a sobrinha de 5 anos, até a abertura da agência na manhã do dia seguinte. Durante esse período, as vítimas foram alvos de ameaças.

No outro dia, ele foi obrigado a retirar o dinheiro do cofre e entregar aos bandidos. O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região disse que “o sofrimento, o desespero, a dor que atingiu o reclamante, assim como os seus familiares, poderiam ter sido evitados se o banco tivesse implementado normas eficazes de segurança, o que não ocorreu”.

O Banco do Brasil questionou a obrigação de conceder segurança individual aos empregados porque a segurança pública seria obrigatoriedade do Estado, mas a Justiça rejeitou a argumentação.