BB recorrerá de decisão do STJ sobre Plano Verão

BB recorrerá de decisão do STJ sobre Plano Verão

 BANCO DO BRASIL vai recorrer no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou no Supremo Tribunal Federal (STF) da decisão da última quinta-feira do STJ, que o condena a pagar a todos os poupadores as diferenças decorrentes de expurgos inflacionários sobre cadernetas de poupança ocorridas no Plano Verão, de 1989, conforme reafirmou Ivan de Souza Monteiro, vicepresidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores da instituição. "Conforme comunicado que publicamos ontem (quinta-feira), o impacto é nulo em termos de aumento ou alteração de provisão ou do resultado do banco", reforçou ele, em teleconferência com analistas e investidores, realizada na manhã desta sexta-feira.

 

O executivo disse ainda que o BB vai aguardar a publicação do acórdão para que possa entrar com recurso no STJ ou no STF, onde será discutido o mérito.

 

Ele também explicou que antes que ocorra algum impacto em termos de provisões é necessário que o banco receba demanda judicial, que será avaliada pelo departamento jurídico com relação à probabilidade de perda para a causa.

 

De acordo com Monteiro, à medida que o processo evolui, começam a ter perdas ou ganhos para o banco. No caso de perda, segundo ele, iniciam-se pagamentos que passam a ser a "verdade" do processo, diferentemente do início do processo, quando há uma expectativa de ganho ou perda.

 

"Quando se perde, há uma expectativa verdadeira de pagamento.

 

Essa é a informação que baliza a provisão do banco, a informação do que está sendo pago", acrescentou o executivo, explicando que o BB, por metodologia, incorpora a informação aos processos em andamento e essa passa a ser a visão prudencial que o banco tem sobre o tema, o novo parâmetro de decisão.

 

Monteiro lembrou que qualquer que seja a decisão a respeito das perdas com os expurgos inflacionários do Plano Verão, já existe previsão de recursos, incorporada aos parâmetros do BANCO DO BRASIL, para a constituição da provisão. "Evidentemente, toda a orientação que será dada dependerá do teor do acórdão, da avaliação da diretoria jurídica do banco e daquilo que o banco obterá do recurso no STJ ou no STF", concluiu o vice-presidente do BANCO DO BRASIL.

19/08/2014
- JORNAL DO COMMERCIO - RJ
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