BB agora é também gestor de obras públicas

 

 

A presidente Dilma Rousseff determinou que o Banco do Brasil assumisse a administração de obras públicas, extrapolando sua atividade bancária e podendo angariar quase R$ 300 milhões em comissões. As obras de infraestrutura a serem geridas pelo BB são a construção e reforma de 270 aeroportos regionais, 90 armazéns para produtos agrícolas e 26 casas de apoio a mulheres vítimas de violência.

Embora essas atividades fujam à sua atuação em crédito e oferta de produtos bancários, a experiência em obras de infraestrutura com suas próprias agências levaram o BB a ter uma estrutura forte nessa área, com um bom número de profissionais especializados. O Banco conta com 457 profissionais no setor de licitação, movimentando R$ 3,5 bilhões por ano e uma equipe de 480 engenheiros capacitados em obras de infraestrutura. Os órgãos do Governo responsáveis pelos projetos, ao contrário, possuem poucos recursos humanos e estruturas enxutas, sem especialização em gestão de projetos.

Segundo o vice-presidente de agronegócios do BB, Osmar Dias, “um dos princípios do Banco do Brasil é que todas as suas atividades sejam remuneradas”. Ao todo, os projetos devem render ao Banco do Brasil perto de R$ 300 milhões em comissões pelo período de vigência dos contratos. Pela remuneração de R$ 239 milhões, o Banco vai gerir a modernização de aeroportos regionais, desde a seleção de empresas para a elaboração de projetos até a construção de terminais e reforma e ampliação de pistas. A comissão para a reforma de 80 armazéns e construção de 10 novos será de R$ 33 milhões. Já a construção de 26 Casas da Mulher não possui valor especificado.

A ANABB procurou insistentemente o Banco do Brasil para colher mais informações sobre o assunto, mas não obteve resposta até o momento.

16/06/2014
- ANABB
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