Afinal, café faz mal?

Afinal, café faz mal?

 Pesquisas mostram que o consumo moderado da bebida não traz problemas.

 

O resultado varia a cada levantamento, mas pesquisas feitas anualmente pela Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) garantem: mais de 90% das pessoas maiores de 15 anos consomem a bebida no país. Apesar de fazer sucesso, o estimulante traz preocupações. Afinal, café faz mal?

Pesquisas e descobertas

A nutricionista Mônica de Oliveira Costa, professora do curso de Nutrição e Dietética da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, de São Paulo (SP), explica que “o interesse pelo estudo dos componentes do café, não só da cafeína, tem aumentado e novas descobertas sobre suas propriedades estão sendo divulgadas”. E os resultados são animadores para os fãs da bebida.

“O consumo do café, de preferência sem açúcar, reduz a incidência de dependência de drogas, desacelera o desenvolvimento do câncer de fígado e previne diabetes do tipo 2. Nos Estados Unidos, pesquisas recentes mostraram que a administração de cafeína em camundongos modificados geneticamente para desenvolverem o mal de Alzheimer quando idosos preveniu a manifestação de perda de memória nos roedores”, aponta Mônica.

Estimulante

A nutricionista confirma: o café estimula e ajuda a manter a concentração. Mas, é preciso ter cuidado e evitar os excessos. Pessoas com mais de 45 anos, por exemplo, podem sentir alteração na qualidade do sono se consumirem muitas xícaras durante o dia. Idosos devem evitar o consumo após as 16h para não perderem o sono à noite.

A cafeína é absorvida rapidamente pela corrente sanguínea – o que significa que o efeito pode ser imediato, em muitos casos. Mas a substância não se acumula no organismo. Por isso, quem quer ficar “ligado” deve fazer o consumo de xícaras distribuídas ao longo do dia em vez de tomar várias em um curto período de tempo.

Sem exageros

Com quase 30 anos de experiência, o cardiologista Luciano Harary, do corpo clínico do Hospital Samaritano de São Paulo (SP), afirma que não existe um padrão para o consumo máximo do café. Cada pessoa tem seu próprio limite, mas em nenhum caso deve se exceder um litro por dia.

Harary lembra que “algumas doenças cardíacas requerem cautela no consumo, pois a cafeína pode provocar taquicardia e/ou arritmias. Além disso, pode também provocar irritação gástrica. Portanto, pessoas com gastrite devem ter cuidado”.

Mas, ainda assim, o médico garante: estudos recentes comprovaram que não há risco para doenças coronárias, ao contrário do que se imaginava há algum tempo. Sendo assim, não há contraindicação para o consumo.

Depois de todas essas informações, uma dica: se gosta de café, aprecie com moderação!

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21/01/2013
- PREVI
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