Ibovespa tem 3a alta seguida e se aproxima dos 58 mil pontos

 Depois de abrir sinalizando certo cansaço, depois de duas altas consecutivas em que acumulou ganho de mais de 4%, a bolsa de valores brasileira (Bovespa) voltou para os trilhos e engatou o quarto dia de valorização nesta terça-feira.

 

De acordo com operadores, o crescente fluxo de capital externo, reforçou o ritmo do mercado de ações brasileiro, que também trabalha com perspectivas de que nova pesquisa eleitoral Ibope – aguardada para a noite de ontem – mostre enfraquecimento da presidente Dilma Rousseff na corrida presidencial.

 

Assim, o Ibovespa, que se sustentou a maior parte do dia acima dos 58 mil pontos, encerrou a sessão pouco abaixo, aos 57.983,32 pontos, correspondendo a alta de 0,61%.

 

Com os resultados desta terçafeira, o principal índice da Bovespa acumula ganho de 9,06% em julho e de 12,57% no ano até agora. O giro financeiro totalizou R$ 6,662 bilhões.

 

É importante ressaltar que, de acordo com dados da Bovespa, os investidores estrangeiros já trouxeram para a bolsa brasileira R$ 1,5 bilhão somente em julho, mês considerado fraco em função das férias de verão no hemisfério norte. Em 2014, o saldo líquido de capital externo está em R$ 13,7 bilhões.

 

"Vemos o movimento de queda nos juros dos títulos americanos (Treasuries) e na Europa. O dinheiro busca sempre maiores retornos, como os obtidos no Brasil", ponderou um operador.

 

Ambiente externo e indicadores Dois outros fatores foram apontados como importantes suportes para o desempenho do Ibovespa na sessão de ontem.

 

Um deles é o ambiente externo mais traqnuilom, a partir do alívio nas tensões geopolíticas, após as notícias de que a Organização das Nações Unidas (ONU) conduzirá investigação independente sobre a queda do avião da Malaysia Airlines e que os separatistas pró-Rússia estão dispostos a deixar os peritos trabalharem no local da tragédia na Ucrânia, além entregar ao governo malaio as caixas-pretas da aeronave. Contudo, a União Europeia (UE) decidiu pela imposição de uma nova rodada de sanções contra a Rússia, o que ainda pode azedar o humor dos investidores nos próximos dias.

 

Além disso, o IPCA-15 ligeiramente abaixo da mediana das projeções, agradou ao mercado, bem como pelos dados favoráveis nos EUA, com o crescimento de 2,6% nas vendas de moradias em junho.

 

Os papéis da Petrobras, mais uma vez, ajudaram a sustentar os ganhos do índice, ao avançarem pela décima sessão seguida. Petrobras ON andou 0,05%, a R$ 19,48, e Petrobras PN subiu 0,71%, a R$ 21,05.

 

As expectativas de novas medidas de estímulos na China e a elevação do preçoalvo para os American Depositary Receipts (ADRs), feito pela Goldman Sachs, sustentaram as ações da Vale.

 

A ON ganhoiu 0,98%, a R$ 31,87, e a PNA avançou 0,95%, a R$ 28,54.

 

O setor financeiro, que na véspera saltou depois de a Procuradoria Geral da República (PGR) ter revisado de R$ 441,7 bilhões para R$ 21,87 bilhões o impacto dos planos econômicos, ontem teve um pregão volátil.

 

No final, Bradesco PN recuou 0,34% (R$ 35,18), Itaú Unibanco PN, 0,2% (R$ 35,37), enquanto BANCO DO BRASIL ON subiu 0,69% (R$ 29,08) e Santander unit avançou 0,6% (R$ 15,06).

24/07/2014
- JORNAL DO COMMERCIO - RJ
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