A Litel, companhia que reúne os fundos de pensão acionistas da mineradora Vale, informou ontem que seu conselho de administração aprovou a emissão de 50 notas promissórias comerciais no valor total de R$ 2,5 bilhões. A Litel reúne os fundos Previ, Petros, Funcef e Fundação Cesp.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou que a Bradespar (holding de investimentos do Bradesco) e a Litel, veículo de investimento dos fundos de pensão na Vale, fizessem um depósito judicial no valor de aproximado de R$ 4,5 bilhões à Elétron, empresa do grupo de Daniel Dantas, do banco Opportunity. Litel e Bradespar questionam o valor do processo. Briga antiga. A Elétron também participou do consórcio que comprou a mineradora no processo de privatização, em 1997. A empresa foi a Justiça para conseguir o reconhecimento de uma opção de compra de ações da Valepar (antiga controladora da Vale) e solicitou uma indenização por ter sido impedida de exercer esse direito. A Bradespar também planeja usar os recursos de uma emissão de notas, no valor de R$ 2,4 bilhões, para cobrir a sua parte do depósito judicial relativo à ação. O depósito, que estava previsto para a semana passada, foi adiado judicialmente para a próxima terça-feira, dia 21. Oficialmente, a Litel afirma que "os recursos líquidos obtidos pela companhia com a emissão serão utilizados para propósitos corporativos gerais e/ ou capital de giro da companhia".
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