O conselho de administração do Banco do Brasil realizou reunião extraordinária na qual tratou das notícias dando conta de possível destituição do atual presidente supostamente em razão das recentes medidas de eficiência e austeridade implementadas pela administração. Em resposta, o grupo destacou que o banco vem adotando programas de aposentadoria/desligamento e de ajustamento de quadros (PAQ) ao longo dos últimos anos, contando com a adesão de 17.482 funcionários desde 2015.
Informa ainda que, em 2019, o PAQ foi aprovado em caráter permanente pelo conselho, “"sendo passível de acionamento sempre que implementados movimentos organizacionais com impactos no quadro de pessoal”. O comunicado explica que o programa propõe que funcionários com tempo de trabalho suficiente para se aposentarem, o façam, de forma voluntária, abrindo espaço para a instituição realizar concursos voltados “para recrutamento de funcionários mais jovens, menos custosos e, principalmente, mais bem preparados para o mundo digital”.
A economia líquida anual estimada com despesas administrativas gerada por estes movimentos é de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025 e, segundo o comunicado, a aprovação dos programas cumpriu toda governança da companhia, tendo transitado, inclusive, pela Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais (Sest) do Ministério da Economia.
Para o banco, as notícias passaram “de graves especulações”, já que não houve nenhuma comunicação formal a respeito de possível destituição do presidente do BB. “Tampouco houve qualquer espécie de interferência do acionista controlador na execução das medidas de eficiência anunciadas.”